CRS JET Spares atua no mercado há mais de 30 anos, fornecendo peças de reposição a uma variedade de jatos executivos. Sediada em Fort Lauderdale, Florida, a Corporate Rotable&Suply (CRS, na sigla em inglês), abriu as portas em 1982 em Hialeah, Florida, especializando-se primeiro em jatos Sabreliner. Ao longo dos anos, a empresa se expandiu e atende uma variedade de aeronaves: Gulfstreams, incluindo o Astra e G100; Hawkers; Challengers; Falcons; Learjets e Beechjets.
No Brasil, a CRS (estande 1016) faz parceria com a One Aviation.
A CRS também é um centro autorizado da Securaplane em vendas e serviços no Brasil. A especialidade da Securaplane é a fabricação de produtos para armazenamento de energia de íons-lítio, sistemas de conversão de energia, câmeras e sistemas de segurançade aeronave, sistemas de intranet sem fio a bordo para detecção de fumaça e iluminação de emergência.
"Buscamos oportunidades internacionalmente," disse o vice presidente de vendas e desenvolvimento empresarial da CRS Jack Caloras, "e estamos tentando firmar parcerias com empresas que possam nos ajudar." Há uma grande frota de jatos Learjet séries 35 e 40 no Brasil, ele acrescentou, "o que dá uma boaprojeção para a CRS. Trabalharemos com esse tipo de suporte e foco na distribuição, vendas e serviços da Securaplane no Brasil."
Desmontando estruturas
Enquanto o maior foco da CRS ao longo dos anos tem sido fornecer componentes para manter jatos executivos no ar, um aspecto deste negócio tem crescido: o desmonte de estruturas de aeronaves antigas. Segundo Caloras, "Muitas estruturas clássicas que, poucos anos atrás seriam consideradas de primeira, estão agora em um ponto crítico quando confrontadas com a opção de vender uma estrutura aeronavegável ou tirar a aeronave do mercado para ser desmontada e ter suas peças vendidas." A CRS já desmontou em torno de 15 aeronaves até agora, incluindo um Astra, recentemente desmantelado; um Challenger 601 e um Falcon 50.
"Nós sempre compramos aeronaves no passado," disse Caloras, "mas parece ser um tipo de situação muito diferente a que está fazendo surgir esta necessidade ou oportunidade, com a economia fazendo muito mais parte do processo. Sempre foi uma questão de dinheiro, mas agora com os preços [tão em baixa], muita gente está de cabeça para baixo em seus aviões."
Com os jatos antigos se tornando menos econômicos devido aos crescentes custos de manutenção e avaliações extremamente baixas, a CRS analisa de quatro a cinco ofertas por semana para desmontar jatos antigos, segundo Armando Leighton, fundador e presidente da CRS. É um processo em que ganham tanto o proprietário da aeronave quanto a CRS, devido ao histórico da empresa de oferecer suporte a vários tipos de jatos executivos e a necessidade de que os proprietários obtenham o máximo retorno em seus investimentos.
"Temos uma fórmula de sucesso e um histórico comprovado de como lidar com este tipo de projeto profissionalmente para gerar a maior renda possível," disse Caloras. "É uma opção muito atrativa para proprietários de aeronave quando enfrentam a opção de mudanças." E não são apenas os proprietários que estão interessados em desmantelar estruturas antigas, mas também instituições financeiras, seguradoras, negociadores de aeronaves e advogados.
Nem todas as aeronaves são adequadas ao desmonte, e o valor dos componentes individuais dependem de quanto a frota continua a voar e se já existem ou não peças suficientes parasuprir o restante das aeronaves. Os Gulfstream GII, por exemplo, estão rapidamente deixando a frota aeronavegável, e há tantas peças disponíveis para os poucos GII que ainda estão voando, que há um excedente de peças removidas no mercado. A CRS investiu no mercado GII e GIII poucos anos atrás, comprando um grande inventário de componentes aeronavegáveis, que são mais atrativos para operadores do que utilizados como peças removidas. A CRS oferece peças para GII e GIII novas e aeronavegáveis com garantia.
Em todo caso, a CRS fica a postos para auxiliar os consumidores a manter seus jatos no ar ou a encontrar uma maneira econômica de levar a aeronave pelo processo de final de vida.