Quando a presidente brasileira Dilma Rousseff assinou um decreto no último mês de dezembro permitindo a construção e operação privadas de aeroportos, abriu caminho para grandes mudanças nas operações de infra-estrutura aeroportuária no país, com o estado de São Paulo como base de lançamento.
Na corrida para abrir o primeiro aeroporto privado para a aviação executiva, a primeira permissão governamental foi emitida em 25 de julho ao que é inicialmente identificado como Aeródromo Privado Rodoanel. Localizado em São Paulo, o aeroporto ficará a apenas 24 quilômetros do já existente Aeroporto de Congonhas e espera-se que esteja pronto para utilização já em Setembro de 2014.
Outro aeroporto privado executivo, o Catarina Aeroporto Executivo foi anunciado no ano passado pela grande construtora e incorporadora JHSF em parceria com Francisco Lyra, empreendedor e ex presidente da associação industrial ABAG (Associação Brasileira de Aviação Geral). Lyra disse à AIN que metade dos visitantes da exibição LABACE do ano passado era de estrangeiros interessados em serviços de manutenção em FBOs, e também cotas de espaço de hangar.
Licenças deveriam ser emitidas para o aeroporto Catarina e um grande heliporto, também em São Paulo, assim como inúmeros projetos nas proximidades do Rio de Janeiro que estão atualmente sob estudos.
Além dos aeroportos operados pela agência federal Infraero, o estado de São Paulo opera sua própria rede de 31 aeroportos através da agência estadual DAESP (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo).
Estes incluem instalações em Jundiaí e Sorocaba, ambos próximos à capital e importantes à aviação executiva. Em anos recentes, o tráfego crescente e o espaço de hangar tem ajudado estes aeroportos, tradicionalmente desvantajosos, a começar a mostrar lucratividade.
Os aeroportos de Cumbica e Viracopos, ambos atendendo São Paulo, têm estado sob administração privada desde o início deste ano.
O superintendente da DAESP Ricardo Rodrigues Barbosa Volpi disse à AIN que grandes projetos em andamento em vários aeroportos incluem estender a pista do Aeroporto de Ribeirão Preto, em torno de 350 milhas ao norte de São Paulo. Ele também disse que o estado está à procura de parcerias público-privadas para suprir necessidades da aviação, que estão "crescendo seis por cento ao ano."